Cesta básica de Salvador fica mais cara em agosto, revela levantamento do Dieese
A cesta básica de Salvador ficou 2,95% mais cara no mês de agosto. Assim, passou a custar R$ 225,23, contra os R$ 218,78 registrados em julho. Apesar da alta, a cesta de Salvador continuou sendo a segunda mais barata dentre as 17 pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
No acumulado dos oito meses deste ano, o custo dos alimentos básicos apresentou uma elevação de 7,86% na capital baiana. Nos últimos 12 meses (setembro de 2011 a agosto de 2012), o custo registra uma alta acumulada de 7,59%.
A cesta básica calculada em Salvador pelo Dieese é composta de 12 produtos, conforme definido pelo Decreto-lei 399, de 30 de junho de 1938. São eles: carne, leite, feijão, arroz, farinha de mandioca, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo de soja e manteiga.
O poder de compra do trabalhador soteropolitano que ganha um salário mínimo diminuiu em função da alta no custo da cesta básica em agosto. Com o custo maior dos alimentos, uma parcela também maior do rendimento líquido foi comprometida no mês: 39,37% em agosto, contra 38,23% em julho.
O rendimento líquido do salário mínimo é de R$ 572,24, após desconto de 8% (referente à contribuição previdenciária) sobre o atual valor bruto (R$ 622). Por ser uma das capitais com a cesta básica mais barata, em Salvador, o comprometimento da renda foi inferior à média das 17 capitais pesquisadas (46,96%).
Ainda em função da redução do poder de compra, este mesmo trabalhador soteropolitano precisou trabalhar duas horas a mais em agosto para adquirir uma cesta básica. O tempo de trabalho necessário foi de 79 horas e 40 minutos, contra 77 horas e 23 minutos em julho.
Variações nas capitais -
Pelo segundo mês seguido, o maior valor para a cesta básica foi apurado em Porto Alegre (R$ 308,27). Em seguida, na lista das capitais com as cestas mais caras aparecem São Paulo (R$ 306,02) e Rio de Janeiro (R$ 302,52). Os menores valores médios foram anotados em Aracaju (R$ 212,99), Salvador (R$ 225,23) e João Pessoa (R$ 233,36).
No acumulado do ano até agosto, todas as capitais apresentam alta nos preços médios dos alimentos. Das 17 capitais, 11 registram variações acima de 10%. Os aumentos mais significativos foram verificados em Aracaju (16,89%), Rio de Janeiro (15,07%) e Brasília (14,77%).
Nos últimos 12 meses, de setembro de 2011 a agosto deste ano, o custo médio da cesta de alimentos aumentou fortemente em todas as capitais pesquisadas, com destaque para Vitória (19,64%), Rio de Janeiro (19,53%) e Fortaleza (19,22%). Os menores aumentos foram anotados em Salvador (7,59%) e Natal (9,85%).